Time & material vs preço fixo: qual o modelo de contrato ideal para projetos de TI?

A escolha do modelo de faturamento certo para um projeto é uma decisão importante que pode ter um impacto significativo no custo, no cronograma e na satisfação do cliente.

Neste artigo, vamos comparar dois modelos de faturamento comuns: time material (T&M) e preço fixo. Vou falar sobre as características, vantagens e desvantagens de cada modelo, e fornecer orientação sobre quando usar cada um.

O que é time & material (T&M)?

O modelo de faturamento T&M cobra dos clientes pelo tempo gasto em um projeto e o custo dos materiais usados. Os contratos T&M são frequentemente usados ​​para projetos com um alto grau de incerteza, como desenvolvimento de software ou projetos de pesquisa. Isso ocorre porque pode ser difícil estimar com precisão o escopo e o cronograma desses projetos com antecedência.

O que é preço fixo?

O modelo de faturamento de preço fixo estabelece um preço predeterminado para todo o projeto, independentemente do tempo ou materiais necessários. Os contratos de preço fixo são frequentemente usados ​​para projetos com um escopo e cronograma bem definidos, como projetos de construção ou projetos de manufatura. Isso ocorre porque os contratos de preço fixo fornecem certeza para o cliente e o empreiteiro.

Qual modelo de faturamento é certo para você?

O melhor modelo de faturamento para o seu projeto dependerá de uma série de fatores, incluindo o escopo e o cronograma do projeto, o nível de incerteza e sua tolerância ao risco. Se você não tiver certeza de qual modelo de faturamento é certo para você, é importante discutir suas opções com um profissional qualificado.

Aqui estão algumas coisas adicionais a serem consideradas ao escolher entre um contrato T&M e preço fixo:

  • Os contratos T&M podem ser mais caros do que os contratos de preço fixo, especialmente se o escopo do projeto mudar significativamente.
  • Os contratos de preço fixo podem ser arriscados para os empreiteiros, especialmente se o escopo do projeto mudar ou problemas inesperados surgirem.
  • Os contratos T&M dão aos clientes mais controle sobre o projeto, mas também exigem mais envolvimento do cliente.
  • Os contratos de preço fixo dão aos clientes mais certeza sobre o custo do projeto, mas também dão ao cliente menos controle sobre o projeto.

Em última análise, a melhor maneira de escolher entre um contrato T&M e preço fixo é considerar cuidadosamente as necessidades específicas do seu projeto.

Exemplos:

  • Um projeto de desenvolvimento de software com um escopo e cronograma bem definidos seria um bom candidato para um contrato de preço fixo.
  • Um projeto de pesquisa com um escopo e cronograma indefinidos seria um bom candidato para um contrato T&M.

Aqui está uma tabela comparando os dois modelos de faturamento:

CaracterísticaTempo e materialPreço fixo
CustoVariávelFixo
FlexibilidadeAltaBaixa
RiscoCompartilhado entre cliente e empreiteiroPrincipalmente suportado pelo empreiteiro
AdequabilidadeProjetos com alto grau de incerteza, projetos que ainda estão em evoluçãoProjetos com um escopo e cronograma bem definidos

Conclusão:

O melhor modelo de faturamento para o seu projeto dependerá das suas necessidades específicas. Se você não tiver certeza de qual modelo é certo para você, é importante discutir suas opções com um profissional qualificado.

Até a próxima!

Multicloud, a computação em nuvem com vários sabores!

Multicloud, a computação em nuvem com vários sabores!

A computação em nuvem possibilita entregar inovação de forma muito mais rápida devido à capacidade em fornecer infraestrutura de forma ágil, escalável e gerenciada. Cada provedor de nuvem possui seu portfólio, sua tecnologia e seus parceiros, recursos prontos para serem utilizados na construção de uma aplicação de negócio. Entretanto, usar tecnologia de um único fornecedor pode criar o que chamamos de “vendor lock-in”. Como fazer para uma tecnologia ou fornecedor não se tornar um limitador para o negócio de uma empresa?

Neste artigo vou apresentar os benefícios da abordagem Multicloud, por onde começar, os principais desafios e como endereçá-los.

O que é Multicloud?

Um ambiente Multicloud é aquele onde uma empresa utiliza vários provedores de nuvem para resolver um problema de negócio. Por exemplo: O provedor de nuvem A é muito bom em Inteligência Artificial, mas o provedor de nuvem B tem uma oferta NoSQL em SaaS muito madura, enquanto o provedor de nuvem C tem um custo-benefício bem melhor para um determinado serviço. Neste exemplo estou usando a melhor tecnologia e serviço disponível em cada provedor para atender os requisitos técnicos e de negócio da minha aplicação, isso é Multicloud!

Por onde começar?

O primeiro passo está na forma como desenvolvemos nossas aplicações e mais importante do que uma arquitetura moderna, cloud native, o uso padrões abertos e tecnologias open source permitem que sua aplicação seja “portável” para qualquer provedor de nuvem ou serviço que esteja em conformidade a este modelo.

Alguns serviços em nuvem como o IBM IKS Services já estão em conformidade com as diretrizes da Cloud Native Computing Foundation (CNCF), isto significa que este serviço passou por uma série de testes e revisões e suas aplicações, serviços e configurações, podem ser “deployadas” em outro provedor de nuvem CNCF compliant com pouco ou nenhum ajuste – CNCF é uma organização sem fins lucrativos que define as diretrizes para que um projeto seja caracterizado como open source e vendor-neutral.

Trabalhar com vários sabores de nuvem também exige um certo nível de conhecimento operacional de cada fornecedor, isso acontece porque o processo de criação de uma infraestrutura muda de nuvem para nuvem. Para minimizar a dependência de profissionais “multi nuvem” é essencial o uso de infraestrutura como código (IaC).

Automatizar a criação de ambientes e o deploy de aplicações reduz a quantidade de tarefas repetitivas e possíveis erros humanos. Também é muito comum nesta abordagem criar um catálogo com arquiteturas de referência e permitir que os times criem sua infraestrutura, este caso de uso pode ser aplicado em qualquer nuvem, privada ou pública.

Infraestrutura criada! E agora?

Usar uma plataforma para a Gestão Centralizada de Ambientes Multicloud é outra capacidade que não podemos abrir mão! Para um Administrador / SRE / Cloud Admin é importante ter acesso rápido à informação sem precisar acessar o painel da nuvem A, B ou C. Essa plataforma deve prover um painel com acesso rápido aos recursos gerenciados em cada nuvem, sua disponibilidade, tendências de custo, principais eventos, últimos incidentes, além de permitir gerenciar o ciclo de vida de aplicações, serviços, plataforma e infraestrutura, dentro ou fora de casa (nuvem privada ou pública):

Multicloud é uma tendência?

Sim! Mesmo com os desafios a abordagem Multicloud vem crescendo dia a dia nas empresas, reduzindo barreiras tecnológicas, financeiras e acelerando o processo de inovação e transformação digital. É bem provável que você ou sua empresa já trabalhe com mais de um provedor de nuvem e criar uma fundação baseada em alguns conceitos vistos aqui irá ajudá-lo a escalar todo potencial dessa abordagem. Além da transformação tecnológica também existe a transformação cultural, mas como toda nova abordagem pode ser adotada de forma gradual e sempre com o foco na entrega de valor.

Até o próximo post!

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